segunda-feira, 27 de julho de 2009




Eu quero compor um samba
Um blues singular
Um rap fatal
Um rock banal

Eu quero a melodia exata
Que abale a guitarra
E o teu coração

Não quero o amor fatal
Nem as nuances do dia-a-dia
Não sou o cantor exagerado
Nem fico nas migalhas da tua medida

Preciso, meu bem, do seu sorriso
Da sua louca mania se ser
Mas não diga que fico à-toa
Não vivo o ócio doentio dos boêmios antigos

Oh baby
Olhe pra mim
Apaguei meu cigarro
O uísque secou
A zona etérea do teu ser acabou
E estou aqui
Aos poucos e poucos mais a ti

Oh baby
Diga adeus às moralidades
Ao anormal do normal
Ao léxico
Ao lodo
Ao lixo

Oh baby
Adeus aos maus momentos
E assim minha MPB - pouco lírica -
Amolda-se ao tempo medido

Eu quero compor meu som
No tom do teu calor
Um blues singular
Um rap fatal
Um rock já não mais mortal

Oh baby
Veja o mundo em paz
Sem nossas guerras
Sem nossos blá-blá-blás

Oh baby baby baby
Olhe pra mim
Meu cigarro apagou
O uísque secou
Apologia ao ócio maduro do ser
Não há

Oh baby baby baby
Delete o passado mórbido
Frouxo e acinzentado

Oh baby baby baby
Olhe pra mim
Preciso do teu doce sorriso
Da tua louca mania de ser

Oh baby
É assim que eu sei
É assim que eu te chamo

Oh baby
Volte pra mim
Pra minha tinta tão pouca
A minha guitarra rouca

Eu quero compor
Oh baby
Eu quero a tua MPB
Oh baby baby baby




Letícia Andréia

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