Hoje, meu amigo Gilberto Vaz de Melo, postou-me algo intrigante.
Nada que eu não pense todos os dias...mas jamais alguém havia me dito meu próprio pensamento.
Vejam:
“Todos esses que aí estão atravancando “seu caminho”, eles passarão...
“você”, passarinho!!! (Mário Quintana)”
Inevitavelmente...o diálogo surgiu...
E num toque intertextual saiu do sótão o passarinho...
Eu, passarinho,
Da torre alta do meu ninho
Observo, eles, passarando
E eu tão sempre passarinho.
Cá do alto digo que estou
Não pela grandeza que julgo possuir
Mas sim da minha pequenez
Pequenez de passarinho.
E é só do alto
Do bem alto do meu ninho
Que vejo o quanto eles passarão
Porque eu apenas passarinho.
Não que estejam
Atravancando meu caminho
Não, porque somente eu
Euzinho
Do meu pequeno passarinho
Atravanco meu próprio caminho
Pois da minha inocência perdida
Quando distante estou do meu ninho.
Enquanto eles, passarando,
Querendo meu destruir meu quente ninho
Não sabem as penas, que duras foram
Pra fazer meu próprio ninho.
Eles, que passarando,
Desejosos do meu humilde ninho
Tramam injúrias impróprias
Da minha curta vida de passarinho.
E quanto mais passarão passarando
Cuidando de eu passarinho
Edifico e cresço
Na mais alta árvore
O meu aconchegante ninho.
Letícia Andreia
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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