quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ainda não terminado:

Toc Toc Toc...
Peço permissão para parafrasear...
esse amor incorrigível
tão assim, romântico,
perdido nas ilusões ...
é o fogo ardido que não vemos
é a chaga aberta a nos martirizar
é a dor contente em amar sem ser
é a migalha do pão
ou o toque da mão
um sorriso meio torto, que seja,
mas é o amor...mesmo incorrigível...
e ainda que eu desenrolasse essa língua
e os nós desse amor eu desatasse
ah..eu nada entenderia
mesmo que bíblico
mesmo que poético
mesmo que amor...
é o amor: "fogo que arde sem se ver"...
mais contrario a si, amor,
é o coração que o sente.



Letícia Andreia

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Hoje, meu amigo Gilberto Vaz de Melo, postou-me algo intrigante.

Nada que eu não pense todos os dias...mas jamais alguém havia me dito meu próprio pensamento.
Vejam:
“Todos esses que aí estão atravancando “seu caminho”, eles passarão...
“você”, passarinho!!! (Mário Quintana)”
Inevitavelmente...o diálogo surgiu...
E num toque intertextual saiu do sótão o passarinho...




Eu, passarinho,
Da torre alta do meu ninho
Observo, eles, passarando
E eu tão sempre passarinho.
Cá do alto digo que estou
Não pela grandeza que julgo possuir
Mas sim da minha pequenez
Pequenez de passarinho.
E é só do alto
Do bem alto do meu ninho
Que vejo o quanto eles passarão
Porque eu apenas passarinho.
Não que estejam
Atravancando meu caminho
Não, porque somente eu
Euzinho
Do meu pequeno passarinho
Atravanco meu próprio caminho
Pois da minha inocência perdida
Quando distante estou do meu ninho.
Enquanto eles, passarando,
Querendo meu destruir meu quente ninho
Não sabem as penas, que duras foram
Pra fazer meu próprio ninho.
Eles, que passarando,
Desejosos do meu humilde ninho
Tramam injúrias impróprias
Da minha curta vida de passarinho.
E quanto mais passarão passarando
Cuidando de eu passarinho
Edifico e cresço
Na mais alta árvore
O meu aconchegante ninho.




Letícia Andreia
Zum zum zum
Zum zum zum
Tá no mio do nada
Atalho registrado em ata
Zum zum zum
Tá no cheio
E no meio do peito
Tum Tum Tum
Tá no batuque da caixa de bronze
Tá no passo
No passo
No passo
Zum Tum zum
Tum zum Tum
O quebra silêncio se envergonhou
De nunca ter sido
O queixo do queixo do mato
Abre a mata e o coração
No zun zum zum
Perdi-me da razão
No Tum Tum Tum
Anda que anda o coração
E o romance que não há
O coração não está
Emoção por vir a chegar
Tum Tum Tum
Zum zumzum
Tá no meio do nada.

Letícia Andreia