sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Polidez





Discutivelmente superficial.


É nada.

É formal.

É virtude de etiqueta.

É virtude de aparato.

É ambígua:

esconde-se nela

o melhor e o pior.

Qualidade formal

necessária aos homens.

Não diga isso.

Não faça aquilo.

Não também ao acolá.

É feio.

É sujo.

É inadequado.

Resume-se à coleira humana.

Os cães não necessitam da polidez.

Os homens sim!

Pode parecer crime se não o for.

O homem que não é

encontra-se insensato e...

logo...

sozinho.

Agora entendo porque o cão

é o melhor amigo do homem.

Encontro em meus cães

tal comportamento polido.

Vejo, logo, que o cão é o espelho.

Espelho de seu dono.

É o não.

E o não.

E aqui não.

Aprende-se fácil.

Depois,

difícil é não sê-lo.







Letícia Andreia